Silenciada!

Secaram-se em mim as palavras, escoaram-se os meus sons por entre os dedos da tua indiferença, pensava eu que tinha tanto para te dizer, pensava... enganei-me... procurei por entre as sombras do nosso passado réstias que me alumiassem um caminho para chegar a ti, mas todas as encruzilhadas apenas me levaram a becos sem saída... perdi-me ao tentar encontrar-te... tudo fiz, tudo disse, tudo... resta-me apenas The Sound of Silence, acredita que ele tem muito mais para te dizer do que eu alguma vez disse... escuta-o!

Desprendida!

Esquece o mundo, ignora o que te rodeia, fecha os olhos e sente os apelos da tua pele, não interessam os outros, não importam os problemas, deixa o teu coração em casa, não o tragas... não te quero adocicado, não quero sentir leveza nas tuas mãos quando me tocam, não quero gestos mornos, não quero beijos voláteis, não... quero-te selvagem, incontrolável, quero sentir a tua voracidade no meu corpo, a sofreguidão da tua boca... come-me! É assim que te desejo, vazio de emoções, mas cheio de sensações! Quero que os nossos corpos se colem como Magnets, sem almas, sem corações, sem sentimentos...

Expectante!

Aguardo o Sol e o calor com a mesma ânsia com te aguardo, como se tu fosses a fonte da minha energia... és tu que me trazes calor ao corpo, és tu que iluminas a minha mente, és tu que colocas todo o meu Ser pronto para receber o teu, para o festim dos sentidos, para frenesim da pele, para as Things We Do que só tu eu sabemos fazer...

Espelhada!

Olho-me refletida nos teus olhos, à medida que os mesmos vão scanerizando todo o meu corpo... todas as minha sinuosas curvas, todas as minhas atrevidas proeminências, todos os meus brotantes orvalhos... é quando me vejo nos teus olhos faiscantes, ávidos, tontos de desejo que percebo que o meu Body Was Made para morrer de prazer no teu!

Indiferente!

Quero-te! Assim, tal como és! Não me perturba o facto de não teres o fulgor de outros tempos, eu também já não tenho... não me interessa se o teu corpo não ostenta a juventude de outrora, o meu também há muito que exibe os sinais do tempo... não quero saber se estás obsoleto nos teus gostos, nos teus gestos, nas tuas atitudes... tudo isso me ultrapassa, tudo não tem para mim a mínima importância, a única coisa que sei é que ainda mexes comigo Like No Other!

Jubilosa!

Vivemos num mundo que nos oprime, mas eu sei que quando os nossos corpos colidem no desejo que cada um amordaça, o mesmo é libertado na sua fúria de querer mais e mais, nas ganas de tirar do outro aquilo que mais queremos sentir na pele, em cada poro, em cada terminação nervosa... e é nessa ânsia desenfreada que as tuas mãos se podem perder por caminhos enganosos do meu corpo... é aí que entram as minhas, sobre as tuas, numa união perfeita, conduzindo-as para um Alternate World de onde só podemos sair completos, inteiros, satisfeitos...

Iludida!

Se nada tens para me dizer, não me respondas com o teu silêncio... se proferir a verdade te fere os lábios, mente-me! Mantém-me nesta hipnose, nesta doce ilusão de me quereres tanto quanto eu te quero... conserva a dormência que as tuas mãos deixaram na minha pele, não permitas que o calor que emano para ti arrefeça, não consintas que os ecos dos teus suspiros se desvaneçam da minha mente... escolhe bem as tuas palavras, One Right Lie é mil vezes mais compensadora que uma verdade mortalmente certeira...

Palpitante!

É na antecipação que me dominas, é na expectativa que me deténs, olho as tuas mãos que adoro, fito-as enquanto se aproximam... sinto o meu corpo a assoberbar, e é quando os teus dedos rasam a minha pele, que a descarga se dá! Aproxima-te mais, despe-te, deixa que as tuas mãos reboquem o resto do teu corpo, desliza na minha pele, liberta a tempestade de relâmpagos que convulsiona o meu corpo, é desse Electric Feel que eu preciso para me sentir viva!

Revelada!

Gosto de ser como sou! Amo-me acima de tudo! Gosto da liberdade, gosto da vida, gosto de viver cada minuto como se fosse o último, gosto de sentir o vento na cara, gosto do mar revolto, do desafio de mergulhar nas ondas ameaçadoras, gosto do envolvimento, de me envolver naquilo que me seduz, gosto do flirt, apaixono-me a cada 10 minutos, desapaixono-me com a mesma velocidade, não gosto de compromissos, não gosto da banalidade, do supérfluo, do que é fácil, corro atrás do impossível, gosto do desafio, alimento-me de adrenalina, gosto do fio da navalha, da intensidade, do torpor causado pelo desejo, gosto de olhares profundos, palavras sinceras, gestos firmes, gosto de sons potentes que me arrepiam a pele, calmos ou ritmados, mas potentes, gosto de comer, de beber até ficar toldada, estou a cagar-me para as questões estéticas e morais, busco o prazer sem pesos na consciência, gosto de coisas e pessoas não convencionais, não gosto de convenções, gosto de convicções, gosto das surpresas (boas ou más) que a vida me reserva, gosto de fluir nas correntes do Destino... gosto da sorte e do azar... Oh Fortuna, entrego-me a ti como uma garrafa no Oceano que é levada na vontade das marés, saboreando-as, tirando delas o melhor que têm para oferecer e aceitando todas as contrariedades como lições que me fazem crescer sempre mais e mais!

Refinada!

Tu pensas que me conheces e, de facto, conheceste-me em tempos... e se já nessa altura tinha uma Dirty Mind que te desatinava, agora que o tempo apurou não só a mente como o corpo, não me reconhecerás... tenho surpresas para ti, tenho presentes de luxúria para te dar, tenho guardados prazeres que nunca sonhaste... tenho um corpo treinado para te levar à loucura...

Mélea!

É verdade que sinto tanto a tua falta, não há por que esconder... sinto falta de quando a vida era tão mais simples, de quando o tesão despertava e bastava um telefonema de madrugada para saires da tua casa e vires ao meu encontro, guloso para saboreares o meu corpo como se de um Candy se tratasse... como gostavas... como gostava... derreter-me na tua boca, perder-me no teu corpo, dissolver-me em prazer na tua pele... sentir-te ávido, sofrego, intenso ... sinto falta da explosão de gozo que nós dois somos...

Insana!

Estou cansada... todos os dias tenho que controlar esta loucura latente no meu corpo, todos os dias sinto vontade de mandar foder o mundo, e todos os dias espero que o mundo foda comigo... todos os dias anseio-te, todos os dias fantasio contigo, todos os dias penso em ir no teu encalce, libertar-te das amarras mundanas e dar asas à tua demência, sou como uma Freak à solta e a única coisa que mais quero é contagiar-te com os meus delírios, arrancar-te dessa tua gaiola, de onde parece não quereres sair...

Caçadora!

É mais forte do que eu, o meu corpo fervilha de vontades, incontroláveis, indomáveis... basta um olhar, uma palavra, um cheiro, um toque... armo-me de desejos, apuro os sentidos, afino a língua, calibro as mãos e estou In For The Kill...

Abatida!

É na noite solitária que mais penso em ti, é no meu isolamento que me fazes companhia... estamos só nós, o meu corpo e o teu... toco-me e sinto-te... é no desafio de um duelo que sinto as tuas mãos deslizar nos meus contornos como quem procura a arma escondida, conheces todos os meus trilhos, todos os meus botões, todos os meus gatilhos... não hesites, aperta-os, Shoot Me Down, faz-me explodir de prazer!

Argentária!

Não me impressionas com o teu carro de alta cilindrada, não me assombras com a tua casa tipo palacete, não me deslumbram os restaurantes gourmet onde me levas a jantar... não precisas de nada disso! Tu, desprovido de todos os bens materiais, és o meu Million Dollar Man porque tens o toque de Midas e sempre que me apertas nos teus braços a minha pele transforma-se em ouro incandescente... beijas-me e cobres o meu corpo de pedras preciosas apenas com os teus lábios... deliciosamente, inundas-me com o teu rio de prata... não há riqueza no mundo que me faça sentir o que sinto quando fodemos!